terça-feira, 24 de março de 2009

45. A corte

E é assim, vendo a corte passar sem sequer menear a cabeça, que percebo o quão pouco tenho sido para ser como as minhas companhias. Bebendo demais, xingando demais, rindo demais quando meu coração é de ametista. É pouco para eles; mas é demais para mim.

Quando fico introspectiva não raro começo a me sentir doente. Fome sem apetite, sono descabido e muita vontade de desenhar. Diminuem as frases e aumentam os voos. Há horas para se viver e horas para se refletir, e estou sentindo saudades do meu eu que chuviscava; é bom deixá-lo vir e andar com ele, vezemquando.

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