terça-feira, 31 de março de 2009

53. Cachorro

Se eu ando com os meninos, eles são engraçados, mas são uns brutos e bobos, e insensíveis. As meninas sabem conversar melhor.

Se eu ando com as meninas, eu as entendo completamente, mas é só juntar mais de duas que recai nos mesmos assuntos de sempre. Os meninos são mais generosos.

Já mencionei que tenho dificuldade em me integrar em grupos, mesmo que goste de bater papo. Mas geralmente sinto que tudo o que falo é besteira: com as meninas ninguém está ouvindo; estão todas só esperando sua vez de falar. Com os meninos, você fala e se sente um alien, porque é muito facilmente ignorada.

Claro, estou generalizando. Uma pessoa diferente em um grupo já muda tudo. Mas sim, a regra é ficar sentada ouvindo e prestando atenção, indo atrás dos outros. É algo do qual não consigo me livrar, essa maldita insegurança na hora de me expor. Me criticam, na hora eu rio, mas, estou sumindo por dentro.

Que nem um cachorro. Eu deveria ter nascido cachorro. Menos problemas, mais afagos, e toda companhia é agradável.

segunda-feira, 30 de março de 2009

52. Bonita

Então é assim? Tenho que chegar chegando?
Então vamos chegar chegando.
Tipo, do MEU jeito.

~~

Em casa, diante do espelho do quarto, como eu estava bonita.

Como estou bonita.

domingo, 29 de março de 2009

51. Desgraça

Que fique registrado que dia 29 de março de 2009 foi uma desgraça e eu não quero falar sobre ele.

Este post termina aqui.

sábado, 28 de março de 2009

50. Importa?

Apaguei o post 50 duas vezes hoje: a primeira porque era explícita demais, e a segunda porque era desnecessário dizer que a primeira era explícita demais.

Mas preciso dizer que estou sentindo sua falta, tanto! Estou aqui desesperadamente terminando meus trabalhos pra ter a possibilidade de talvez te ver amanhã (olha só o nível) porque sinto saudade da sua presença. Estou inquieta; queria te ver, só a sua imagem diante de mim, só isso já é um enorme alívio.

Tudo isso é meio desordenado, mas nem penso sobre ordem. De que adianta?, o essencial é invisível aos olhos. Nem sei se é o coração que guia, porque eu inteira sinto saudades.

E o foda é que não posso nem te contar. Nem posso anunciar ao mundo que estou amando alguém, e que esse alguém é você. Se eu contar sem seu retorno a palavra faz tudo perder o encanto. Não tem graça ver aquele sorrisinho besta na boca dos outros quando é notável que se está apaixonada; é uma violação, já te digo.

Quero mais é te ver amanhã e continuar aquela conversa que não terminamos ontem. Quero enrubescer e te fazer enrubescer com gracinhas, e quem sabe você já não está percebendo? Quem sabe você não me queira, ou me queira? E isso importa?

sexta-feira, 27 de março de 2009

49. Bom senso

Em retrospecto, acho que minha tolice transpõe os limites do bom senso. Eu meço tempestades, impeço turbilhões e ando na rua sem alma, perdida em fantasias bestas, sempre ao seu lado. Adiantou ser senhora do mundo? Não; o mundo não pára pra se curvar.

Mesmo assim, comedida e cautelosa, manejo meus sentimentos para não cair de mau jeito nem ferir a gente. Você é um bobo, um inocente, um príncipe; como várias outras antes de mim, tento chamar sua atenção. Não sei se vale a pena. É um desafio, uma diversão, um pé-ante-pé frustrante e lento, valsa para mancos. O jogo me faz sorrir, mas o que há por trás do jogo? E eu sei?

Você merece mais que um desejo. Mas, sim, ofereço mais que um desejo. Aceitar é decisão sua.

48. Gosto

Tantas coisas que eu podia ter feito e não fiz por timidez! A oportunidade era perfeita - mas sinto que não pode ser algo leviano, assim como jogar uma bolinha de borracha da sacada pra ver se quica de volta. Com certas pessoas teria sido fácil. Com você, é preciso ritos.

Se eu não conseguir avançar até a meta - temporária, admito, pois não há limites à afeição - que estipulei a seu respeito, vou te olhar nos olhos (igual você faz) e ser sincera: claro que vou ficar triste. Mas isso não vai me fazer gostar menos de você, pelo contrário; porque de jeito nenhum vou deixar de gostar de todas as pequeninas coisas adoráveis que você faz, e que te tornam tão estranhamente diferente. Vou continuar gostando, e te tratar da mesma maneira, se você não me quiser desse jeito. Só vou ficar um pouco mais triste, e um pouco mais livre.



(Combinamos em muita coisa. Gosto da sua atenção. Gosto dos seus olhos e gosto... de você!)

47. Ritos

" (...) - A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a Raposa. - Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer?- perguntou o Pequeno Príncipe.
- É preciso ser paciente - respondeu a Raposa - Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás um pouco mais perto...

No dia seguinte o Príncipe voltou.
- Teria sido melhor se voltasses à mesma hora - disse a raposa. - Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então,estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... É preciso ritos.
- Que são ritos? - perguntou o Principezinho
- É uma coisa muito esquecida também - disse a Raposa - É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. (...)"

quarta-feira, 25 de março de 2009

46. Verde

Hoje foi um dia feliz e verde. Vestido verde, canções alegres, sorrisos e um passarinho verde.

Não vou falar mais nada porque palavras destruiriam tudo em vez de incrementar minha alegria.

terça-feira, 24 de março de 2009

45. A corte

E é assim, vendo a corte passar sem sequer menear a cabeça, que percebo o quão pouco tenho sido para ser como as minhas companhias. Bebendo demais, xingando demais, rindo demais quando meu coração é de ametista. É pouco para eles; mas é demais para mim.

Quando fico introspectiva não raro começo a me sentir doente. Fome sem apetite, sono descabido e muita vontade de desenhar. Diminuem as frases e aumentam os voos. Há horas para se viver e horas para se refletir, e estou sentindo saudades do meu eu que chuviscava; é bom deixá-lo vir e andar com ele, vezemquando.

segunda-feira, 23 de março de 2009

44. Balanço geral

Sinto vergonha de dizer o quão desavergonhadamente feliz tenho me sentido nos últimos meses, no balanço geral. Por isso vamos falar de coisas monótonas, só pra deixar a coisa mais pé-no-chão. Vamos falar do trabalho, do dinheiro, no meu distanciamento da família, da faculdade péssima, da minha falta de tesão pra desenhar, do meu medo das relações frágeis, da séria crise de abstinência de vida que procuro suprir desesperadamente, tudo ao mesmo tempo agora.

Mas sei lá. O mundo não mudou nos últimos 5 meses. A adolescência chegou e a qualquer momento irá embora, ainda que provavelmente vá deixar sua mordida no meu pescoço pra sempre. Vamos falar de tristezas e voltar a ser um pouco o que eu era. Ou seja, muito digna, e ao mesmo tempo absurdamente patética.

domingo, 22 de março de 2009

43. Palavra

"Ultimamente é exatamente isso o que ando tentando fazer. Viver. Se não fosse, eu nem teria ido pro R."

"Achei lindo você ter ido."

"Lindo?"

"Sim. Essa é a palavra."





Linda é tu, tatu!

É curioso como você consegue me ver como uma flor. Quantas pessoas o fazem? Apenas aquelas que são minhas amigas de fato.

Quem sabe eu não seja?

42. Desejo e Reparação

Porque me arrependo de ter perdido sua amizade.


Lavei minha alma. Hora de recolher.

sábado, 21 de março de 2009

41. Aviso

Eu deveria estar fazendo o trabalho de Física.

Essa porcaria aqui é altamente viciante. Por que eu não uso um caderno ou coisa assim? Por milhares de anos as mocinhas usavam caderninhos como diários.

Só queria dar um recado a todos os conhecidos que porventura tenham esbarrado neste blog, sem que eu os tenha apresentado: caiam fora. Isto aqui não é da sua conta, é minha. E eu sei que, se você leu, amigo, você sabe de quem é Aquela.

Por respeito à minha pessoa, se você não foi convidado, não leia. E se você tiver tão pouca integridade assim e ignorar esse aviso, pelo menos cale-se a respeito disto aqui, tanto comigo quanto com qualquer pessoa. Isto é feio, é uma dissecção dos meus dias, não é alegre nem querido. Não é para ser lido até que eu seja capaz de vê-lo como um passado.

Espero que nunca aconteça.


E se você não me conhece, podes crer que tampouco é bem-vindo. Mas pelo menos não vai me difamar.





PS: "Cartas, Canções e Palavras". "Clube da Esquina 2". "Francisco". "7 Desejos". "O Melhor de Milton Nascimento".

Sério, esse som vai quebrar de novo de tanto uso.

sexta-feira, 20 de março de 2009

40. LPs

Só mais uma nota sobre 20 de março (data estranha, essa) : nosso aparelho de som está consertado.

Esse bicho tem uns 15 anos já. Toca CD, cassete e LP. E essa última função não estava funcionando direito há anos.

Some isso ao nosso recém-adquirido estofado para o jogo de sala (clapclapclapclap) e o que temos: Já ouvi o "Mais" de Marisa Monte, "Clube da Esquina" de Milton e agora está tocando "7 Desejos" de Alceu Valença. Isso que estou só em casa, nua, fresca de banho e pronta pra me resfastelar na poltrona nova.


Pure. Love.

39. Não se afobe não

É impressionante a velocidade com a qual o meu coração está pulando de pessoa pra pessoa ultimamente. Isso é muito saudável.


Tem um em especial já foi o meu único foco, mas demorou demais - agora estou só estudando. A verdade é que ele uma pessoa boa demais - e creio, ingênuo demais. Tirando essa possibilidade sobram outras três, retiradas das minhas observações:

  1. Ele precisa trocar os óculos, porque é cego;
  2. Ele é retardado; ou
  3. Ele não está a fim.

Prefiro acreditar na que não está nos tópicos. Então vou continuar indo devagarinho, um jogo de paciência, pra ver se ele se toca algum dia.





(Na verdade, o que eu queria mesmo era empurrá-lo contra um muro qualquer no campus e beijá-lo loucamente. Seria ótimo, mas certamente não muito galante :] )

38. A última frase é de Dinah

"Elephant Gun" é uma música para namoros. Pronto, acabou-se.

Eu me derreto ao ouvi-la, sempre. Principamente com uma criatura tão linda - ele é lindo, gente - aqui atrás de mim.


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Hoje, na aula de Física, falei sobre a futilidade da minha época. Parecida com antes das Revoluções Francesa e Gloriosa, e antes da 1ª Guerra Mundial. Bebida, libertinagem, crises existenciais, arte leviana, poesia mesquinha, o Mal do Século. Não há nada de glamuroso no Rococó e nem no Romantismo. Há nas Patricinhas e nos Emos? Então.

A História é como o mar: sempre o mesmo, independente de quão diferentes sejam as ondas. E calmaria anuncia a tempestade. Essas eras de marasmo e egoísmo vão se acumulando feito um vagalhão, para depois quebrar na areia numa explosão. Essa é a nossa época - alguma coisa está acontecendo, tem de estar. Um dia, a tragédia anunciada fará um estrondo - e será uma surpresa, pois não estávamos atentos.

Meus contemporâneos não têm sonhos. Têm desejos e ambições. Mas não sabem sonhar, eles enferrujaram essa capacidade para dar lugar à fantasia. Meus contemporâneos não sentem mais tesão com nada, pois tudo para eles é um brinquedo - você usa, brinca, quebra e você deixa pra lá. Essa juventude compra identidades em forma de camisetas de marca, como a nobreza francesa comprava em forma de rouge e perucas. Nada tem valor, exceto seu próprio ego, seus próprios caminhos. Entreter-se, essa é a palavra: as coisas devem ser divertidas, antes de necessárias.

Isso não está errado, mas é incorreto. Particularmente quero minha vida divertida, mas meu objetivo na vida é torná-la mais bela através do meu talento - que não é extrordinário, mas é o que posso fazer por ela. Eu poderia ser uma boa médica, uma boa advogada, uma boa jornalista, uma boa militar, uma boa veterinária - mas eu jamais pensei em seguir qualquer uma dessas carreiras porque, de fato, eu NÃO poderia. Nasci pra ser instrumento, não nasci pra mim. De quem e para quem, não sei. Mas o sou, isso é o importante.

Não, não nasci pra viver pra mim. Tolos são os que o fazem. Vivam suas vidas mesquinhas e sumam, jovens. E preparemos-nos, que o tsunami vem aí, e quem souber ler os sinais verá o Apocalipse de seu tempo.

"Viemos, sentamos e bebemos."

quinta-feira, 19 de março de 2009

37. Agradável

Senti sua falta hoje. Sua presença, sozinha, me é agradável. Você me é agradável.

É assim como um gato, um vendaval encanado, uma comédia romântica ou um beijo de amizade. Gosto que você esteja por perto, P... .

É como ouvir música no chão do quarto às duas da tarde, com as mãos se roçando e contando olhos da madeira do teto. Fresco como os 13 anos, é como você é.

36. Mistérios

As pessoas mudam quando estão sozinhas. Elas mostram uma parte de si que a gente não vê com um grupo.

Rio alto e falo muita besteira entre amigos, mas quando acordo com um pouco de tenência eu calo. Não sou engraçada, não sou bonita, não sou assim tão interessante, então não sei o que falar - observo. Parece que nem estou ali.

A dois, no entanto, sou capaz de falar sobre coisas bonitas e silenciosas e travar um diálogo sincero se a pessoa souber conversar. Esses são os amigos, acredito: os que têm a capacidade de falar sobre os mistérios que só você vê, no seu espelho interior (fica na altura do peito). São pessoas que você não vai esquecer, de quem você sente uma saudade incontrolável quando acorda à noite e quer dizer alguma coisa, qualquer coisa, antes que suas costelas explodam.

E aí você não diz nada, não suspira, nem chora: volta a dormir e engole a bomba, para tornar-se um pouco mais amargo na manhã seguinte.

O que você vê quando caem as carapuças?











(Preciso de um abraço)

quarta-feira, 18 de março de 2009

35. Lindo

Em 18 de março de 2009 aprendi que não existe gostar em diferentes níveis, existe gostar.

Também aprendi que seria bom o suficiente se eu tivesse um pedaço de céu seu, você que é tão bonito. Você quer o meu?


"Vocês formam um casal tão lindo..."

"Bem, tô esperando ele pedir!"

terça-feira, 17 de março de 2009

34. Obviedades

"...e é como ..........., que fica rodando e blá blá blá"

" ! Mas é ......... !!"

" ! Cala a porra dessa boca, sua louca sua retard..."



Definitivamente, preciso aprender a ser menos óbvia. Isso já me encrencou mais de uma vez, e ainda vai me encrencar mais ainda.

Ultimamente as conversas, visões e acontecimentos têm cruzado minha vista sob um olhar atento, mas sem fazer sentido. É como estar em um país estrangeiro, sem nenhuma referência de língua, comida ou costumes, no meio de uma avenida cheia de camelos e gritos. A única diferença da minha analogia com o sentimento é que em um país estrangeiro você até que consegue entender um pouco com lógica - isto aqui não tem lógica.

Conversar com vocês me deu certas dimensões que eu ainda não compreendo. Minha mente é como um computador: vê, sente, mas precisa analisar, classificar, desmembrar. Algo tão concreto assim é difícil demais para encarar de maneira "correta".

Ela disse que era um terreno perigoso. Eu disse que sabia disso, e que o problema não era sentir, era saber que ia ficar por aí mesmo. Ela não falou nada, mas entendeu muito mais.

Ele disse que não é uma questão de ficar, ser amigo, namorar ou o que o valha. É questão de conhecer alguém melhor, se travar um relacionamento de amizade, que engloba qualquer coisa que venha a rolar, sem limites nem expectativas. É um conceito estranho e confortável, e bom, mas frágil - se você cansa, se discordar, tudo vira pó, igual a um pano comido por traças. Ele disse que enjoa fácil das pessoas, que um dia vai parar de falar comigo. Eu não falei nada, mas prefiro não dar nomes ao destino.

E hoje tinha uma galera, capitaneada por S..., falando putaria na porta do prédio. Todo mundo agarra todo mundo. Isso é natural?



"Claro que está. Ele não é de repetir prato"

Ah.

Mas ele pegou D... de novo. Ela é gente boa demais. Mas hnf.

Preciso sair pra dançar de novo. Desestressa.

segunda-feira, 16 de março de 2009

33. Passar

Dia que nem senti passar. Esperando conversar no fim.

Que merda!

32. Sorvo

Sorvo o que tenho em goles sôfregos demais. Mesmo que seja encoleirado. Mesmo que seja unilateral. Mesmo que seja quase falso.

Eu o vejo e sei que simplesmente o quero. As coisas são simples e ele está certo. Ele não precisa, mesmo. Agora eu sei.

Pelo menos agora eu sei.

domingo, 15 de março de 2009

31. Desrespeito

"Eu não preciso"

Na hora não me zanguei, porque estava serena com um dia diferente - andando pelo Comércio, passeando meio a esmo antes do anoitecer. Mas essa foi uma das coisas mais pejorativas que já ouvi. Não foi intencional, ressalto; mas não deixa de ser um desrespeito.

Definitivamente, não caibo na idéia de "entre amigos tudo pode rolar". Poder pode. Mas tenham respeito, meninos. Pelo amor de Deus. Ou vou ter de ensinar isso a vocês.

30. Touché.

"Você ainda vê as pessoas como idéias, não como pessoas, e com expectativa. Você não fez isso só porque estava sozinha, queria ter romances e toques?"

Touché. Como você está certo.

Poderia passar por ele e ele ser mais um na multidão. Mas eu quis sentir.

Mas será que você entende que, se eu não quiser, o sentimento não acontece pra mim?

Frieza? Oh, sim. Provavelmente causada por uma bruta inexperiência. O que posso fazer? Tive pressa, pago o preço.

Mais um motivo para retificar minha decisão anterior.



PS: e NÃO, juro que não tive a intenção de te magoar. Eu frequentemente esqueço que certas coisas claras pra mim podem ser mal-compreendidas pelos outros. Me perdoe. Saiba que você vale tanto quanto alguns, e muito mais do que a mairoia, pra mim.

sábado, 14 de março de 2009

29. Certo como a morte

Aí ela disse "e também ......... não vai porque às 4 tem cinema com uma menina."

Aí eu disse "Ah!? Hahaha, sacana! Achei seriamente que fosse algo importante!"




Chega. Vou pôr um fim nisso. Desde o início sabia que não ia dar certo, mas o coração tem fome e a gente alimenta ele com desejos. Tolice, sim, mas não posso me culpar por não ter sido cautelosa. Sempre pus obstáculos à paixão para que ela não me metesse os pés pelas mãos; já friamente estou triste, imagine amando.

Daqui por diante, está certo como a morte: se não tenho chance de tê-lo de todo, não vou brincar comigo mesma fingindo que está tudo bem.

Sim, ainda somos amigos.

Não, nunca mais seremos mais do que isso.

Fim de papo.



Ps: Metade dos meus planos não deram certo hoje. "Nunca diga que o dia foi bom antes do pôr-do-sol". Mas foi um bom dia, mesmo assim. Só preciso aprender a não ter tanta expectativa.

28. Rudeza

Todas as palavras são rudes simplesmente por o serem. Proferi-las é como matar um pássaro, derruba toda a poesia da hora.

Como se as horas tivessem poesia. Colocamos sentido nas coisas, mas só a vivemos quando elas simplesmente existem.

Terceiro post de hoje, né? Estou morrendo de calor, mas inspirada.

27.

Lendo o blog da Talita.

Como alguém consegue derramar tanto ser em tipos do computador? Como consegue reportar-se à existência do mundo quando o que aconteceu foi algo banal, talvez bruto ou singelo como é a rotina, como todos os dias acontece com todas as pessoas?

Tento não encher essa mulher de elogios porque não sei como ela se comporta por dentro, mas por fora seu brilho me cansa. Longe do holofotes e sob as estrelas, porém, o silêncio diz tudo.

Já me disse muito e não consegui ouvir, mastigando inveja e consumindo o próprio egoísmo no jantar. Ser jovem não é desculpa pra ninguém, mas é obrigação de dar uma chance a um coração arrependido.

Sim, eu a admiro. Muito. Sempre.

Vou imprimir e levar comigo, um dia.

26. Guarda-chuva

Não uso guarda-chuva.

São grandes, pesados e incômodos. Você usa, ficam encharcados, não pode-se guardá-los de volta na bolsa e ainda não evitam que você molhe seus pés.

Meu guarda-chuva - sombrinha - permanece guardado dentro da minha mochila, comportado, enrolado em si como se dormisse. Em pequena, amava usar guarda-chuva. Hoje o alcanço, hesitante, e o abro como se estivesse amarrando a venda em um condenado.

A condenada sou eu.

Ainda guardo meu guarda-chuva no armário e lá ele fenecerá, vermelho como a alma. E eu, como a alma, não terei mais medo de nada.

sexta-feira, 13 de março de 2009

25. Rejuvenation (a parte 2)

Coraline saiu de cartaz, H... furou, eles vão ver filme, jogar e beber na casa de G..., Etiene está doente e o dia foi gente conversando do meu lado enquanto eu trabalhava num computador estranho e a cabeça zumbindo de sono.

E eu aqui.

Um porre.





Acabei de voltar do karatê.

Meus golpes tiveram força e finalização. Meu morochi-uke / kyatsuki está mais que perfeito, todo perfeito.

Estou sorrindo de orelha a orelha. Nem parece que estava dormindo pelos cantos antes de entrar no dojo.

Exercício físico tem que ser como uma droga: bom ou ruim, você não pode ficar sem ele. E olha que não gosto de me mexer.

Eles estão lá, e eu aqui.

E daí?

24. A Open House de G... vai ser hoje... (a parte 1)

...e eu aqui.

Ficar sozinha em casa quando três grupos de amigos estão se divertindo em três lugares diferentes é muito chato. Especialmente quando você quer mais é se integrar com eles.

Morar longe, ser dependente é muito chato. Vamos ver o que posso fazer pra contornar isso.

No momento, tenho raiva por não morar no Campo Grande também, ou pelo menos ter alguma intimidade com eles pra queixar dormir lá. Ou pelo menos poder passar em casa pra pegar umas roupas e ir.

quinta-feira, 12 de março de 2009

23. Esperança

Terceiro dia ouvindo Red Hot.

Terceiro dia ouvindo "Scar Tissue".

Parei de sonhar acordada. Parei de querer acreditar. Estou com aquele gosto de desapontamento no fundo da língua, mas poderia dizer que não havia muito mais o que imaginar nesta situação. Não tenho tão pouca dignidade a ponto de me chatear com isso.

O que tenho é esperança.

quarta-feira, 11 de março de 2009

22. Insistência

Su, você fica insistindo e eu continuo deconversando. A verdade é que eu quero acreditar que sim, mas tudo na minha cabeça grita que não. Dá pra sentir na voz dele que ele não quer nada além.

Eu não te contei que acordei cedo demais e não consegui dormir de novo. E era ele que me assombrava os pensamentos.

terça-feira, 10 de março de 2009

21. Feche os olhos

"Scar tissue that I wish you saw
Sarcastic mister know it all
Close your eyes and I'll kiss you cause
With the birds I'll share
this lonely view"

segunda-feira, 9 de março de 2009

20. E por quê, moça?

Porque é divertido, porque não faz mal, porque rio até me acabar, porque tem o olhar, porque me faz sorrir, porque não tem amarras, porque é muito, muito bom.

Porque sim, velho. Porque sim.

quarta-feira, 4 de março de 2009

19. Mas acho mesmo

Mas acho mesmo que se apaixonar não seja só bom, seja essencial. Seja por uma vida, seja por duas horas.

segunda-feira, 2 de março de 2009

18. E até ganhei um sketchbook!

A fome sem motivo voltou, e pela primeira vez tive uma insônia de verdade. Mas tudo bem.

Estou tendo idéias novamente, e isso me faz sentir viva.

domingo, 1 de março de 2009

17. O fim?

Resolver seus problemas? O CACETE!

Você cuida da sua vida, e ele da dele. Se ele é incapaz de entender que juntar pedaços envolve juntar situações, ele que vá de agarrar com o próprio ego.

Terminar por torpedo... pior do que eu, que ainda estabeleci uma conversa. Não foi cara a cara, mas pelo menos foi uma conversa. E já foi bem sacana!!

Se preocupa não, querido. Amanhã você me diz onde ele mora, levo minha irmã pra bater um papo com ele...


(EDIT: "vocês parecem mais simples quando a gente não tem vontade de comê-las". Boa. Muito boa. :D)