quarta-feira, 2 de novembro de 2011

207. Distante de tudo

Andaluzia, linda. Nem senti o tempo passar. Nem senti tanta vontade de voltar.

Mas voltei. E começando a me dar conta de que aqui é como o mar: não tem cordas pra segurar. E quando sobe no coração toda a fome de afeto, que te faz quicar o joelho e entrelaçar as mãos, você dobra e guarda como a roupa não usada na viagem, sem chorar nem lamentar. É sua, só sua, mesmo que você queira dividir. Mesmo que você só queira um corpo quente pra abraçar por uma meia horinha e ouvir dizer mais uma vez que já está distante de tudo.

Mas tenho o meu próprio tempo, assim como todo mundo tem o seu. E os tempos só estão entrelaçados em determinadas situações. E com determinadas pessoas.

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