quarta-feira, 13 de julho de 2011

172. Mundo da Lua

Interessante sua reflexão. Já a tive, várias e várias vezes, nesses muitos anos desenhando e escrevendo. Mas interessante ouvir outra pessoa falar aquilo que você estava pensando, igual um gravador antigo, sabe? De repente lembrei d"O Mundo da Lua". (você não conhece: quando acontecem coisas boas ou ruins com o protagonista - um menino - ele pega o gravador e começa o diário de bordo "falando diretamente do Mundo da Lua")

Sentimento - palavra-chave. Quando a vida se torna má, fugir para a Arte é muito mais fácil, muito mais visceral. Talvez, com o tempo, você aprenda a transportar também para Arte os momentos em que a vida vale a pena. E quem sabe, um dia, você saiba como expressar coisas completamente opostas ao que você parece sentir.

Não, você não dominará a Arte. Ninguém subjuga a Arte à seu prazer. Ela te dominou, e te faz chorar ou rir às coisas mínimas, que de repente são magnificadas como se estivessem sob uma lupa.

Ser escravo da sensibilidade tem seu horror e sua delícia.

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