segunda-feira, 4 de abril de 2011

142. Cavalo

Você pode levar o cavalo até a água, mas não pode fazê-lo beber.

Ninguém pode ajudar a quem não quer ser ajudado. Não que seja fácil estar acessível, quando parece - por vezes é - que a dor é grande demais. Talvez a pessoa sinta aquele -aquele - antegozo agudo na melancolia. Talvez goste de mostrar-se, desafiando o mundo a cavar mais fundo dentro de suas vísceras. Promiscuidade virtual, dos sentimentos esta. Sorver o fígado, esconder o coração.

Fazer o quê? Até eu gosto de lamber meu próprio sangue. Mas o gosto do dos outros é azedo, só eles podem beber. Ou deixar jorrar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário