Saudade daqueles que estão por perto. Dar bom-dia de manhã, ver todas as tardes, conversar toda noite. A um e-mail, um telefonema, uma esquina de distância. Mas saudade.
As cartas são sagradas porque nosso coração reside na caligrafia, e seu conteúdo não precisa ser comentado: existe, e é resolvido ali, então.
E você vê, lá no fundo, que tudo é mais que apesar de. É com. É sempre, porque o sempre existe. E o mundo tem seus próprios desígnios, nosso dever é desfrutá-los sem reclamar, sem refletir.
Não é direito de ninguém ferir quem a gente ama, nem mesmo a própria pessoa. E enquanto houver quem vele seu sono, há como dormir em paz.
As coisas são sagradas e a gente nem sabe.
domingo, 31 de outubro de 2010
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