segunda-feira, 24 de agosto de 2009

121. Porte

Quero que alguém me dê um murro e eu fique disforme, mole, como argila. Vire apenas uma bola o chão, pronta para ser modelada do jeito certo, bom, interessante para aqueles ao meu redor.

Quero saber como devo me portar para deixar os outros felizes. Quero saber como me portar para ser feliz. Por favor.






(I could be you, if I wanted to)

sábado, 15 de agosto de 2009

120. All

"beijo, te amo"


Idem.


And all I know all I know, love has saved the day.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

119. Retrato

Aí. É lendo essas coisas que você se sente um bagaço. Ainda há tempo.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

118. Inconscientemente

Porque não adianta: penso que tudo pode ter lógica, regras, modi operandi certos e regrados. Isso não é a lua pra ser regrado. E adivinha!, não consigo me livrar desse pensamento, mesmo que incorreto. Inconscientemente, aí estou eu listando "o que posso fazer da próxima vez."

E adivinha!, todas as vezes me repito.




Não vale a pena. Mas, por mim, espero que seja capaz de ser sincera e te ferir, algum dia.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

117. Celebrar

"I never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
Hold these words I don't just say
And nothing else matters."









Descobri hoje a hora mais bonita do dia. A beleza é de uma efemeridade tenebrosa, magnífica, e sorriu em mim esta tarde, como em muitas outras em muitas horas.


Se isso não é celebrar a vida, mãe, então não sei o que é.

domingo, 2 de agosto de 2009

116. "Espera"

Eu vi ali, ali do meu lado, e não fiz nada, só olhei. Não pode ter sido coincidência; se foi, tanto melhor: eu tava mesmo querendo acreditar que o mundo vale a pena apesar de não valer, né. Eu não fiz nada, mas não é possível. Vai acontecer porque eu quero que aconteça.

Tem gente que acha as coisas na hora porque tem fé. Eu não. Eu continuo procurando, mas vou achar. Espera.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

115. Conta

Sonhei com você noite passada. Como tenho, como a maioria das pessoas, o péssimo hábito de esquecer os sonhos no meio da manhã, não sei muito bem o que fazia naquela praia, com aquelas pessoas que - sabia - me fariam mal, sob um sol de celofane laranja. Mas você estava lá, com a sua mãe, e passei por você duas vezes. Na primeira, fingimos não nos ver. Na segunda, inevitavelmente encontrei seus óculos escuros e te cumprimentei pelo nome, e você respondeu pelo nome, e pronto. Segui o sonho sem parar em mais lugar nenhum.

Estou ligada a você como um fã é ligado por seu ídolo, exceto que não sou sua fã. Mas como um ídolo, você só se comunica por frases musicais, por músicas com mensagens, com mensagens dúbias. Não é para mim, e sempre é, porque nunca o sei. A sua promessa, a sua declaração - acredito todas as vezes em que o pensamento de você atravessa minha mente. Mas cada vez menos.

Faz de conta que eu cansei de fazer de conta. Faz de conta que a gente aconteceu, as estrelas sumiram e só existem pessoas comuns fazendo coisas extraordinárias e insignificantes. Faz de conta que você continua no mesmo lugar, e que aquelas pessoas me farão a companhia extraordinária e insignificante na madrugada, rindo à toa e chorando no sofá. Faz de conta que eu gostaria que você também fosse uma pessoa comum. Mas, me perdoe, não consigo acreditar nisso.