domingo, 22 de janeiro de 2012

225. Jogar

Vivendo e aprendendo a jogar.


Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas

(...) Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode (...)

aprendendo a jogar.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

224. Parêntesis

Abre parêntesis:


Eu quero a minha mãe.


Fecha parêntesis.

domingo, 1 de janeiro de 2012

223. Sobre

Para começar de novo, aprendizados. Sobre como "beijos não são contratos nem presentes são promessas". Sobre como nascemos sozinhos e seguimos sozinhos, mesmo se uma pessoa que você ama está ali, ao seu lado. E ao mesmo tempo, a vida é menos triste ao ser compartilhada. Sobre como dizer que alguém é importante pra você pode ser complicado, mas apenas pelas lombadas morais que os dois têm. E pelas lombadas morais que você acha que o outro tem. Sobre a idiotice que é conter a alegria, mas como isso parece ser o melhor, o mais racional... e como é isso que fazemos.

Sobre o que dizemos e o que queremos dizer, e o quando devemos falar ou calar. Sobre como se importar com estranhos é irrelevante mas tentar agradar é um suplício. Sobre como cada ser humano é mínimo e desimportante no turbilhão que é a vida de uma pessoa, e que tornar-se digno de atenção e carinho é algo que nunca deve ser menosprezado. Mas também sobre como cada pessoa é um pedaço mínimo na vida de outras... e que temos de aprender a andar sozinhos. Ainda não sem fazê-lo sem melancolia, mas vou aprender.

Cada dia mais penso em como seria ter um filho. A responsabilidade de tentar fazer com que a criança entenda que o mundo é muito mais estranho do que parece, e que ele se desvela de acordo com sua conjunção astral.

Como ensinar que se cada dia é uma lição?

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

222. Arco

Com o piano soando desde o outro quarto, repicando docemente, escrevo um adeus a este ano. Que muito me ensinou e que nada prometeu.

Poderia pedir que nunca se acabasse - mas logo Gonzalo vai embora e também a última chispa de mais um arco da minha vida.

Sejam todos o mais felizes que possam.

sábado, 17 de dezembro de 2011

221. Uma canção pra você

E aproveitando o mood de decepção, vamos falar de mais. Pesticidas, tragédias radioativas, doenças incuráveis, sua vida. Vamos falar de como você - estou olhando pra você - vai acabar sozinha no mundo, sem amigos e sem perdão.

De como as pessoas cansam. Amiga, se você promete é pra cumprir. Sorte minha que aprendi na marra e não vou chorar porque não me tratam como eu gostaria, depois de dar o coração. Sorte minha que posso ser igual a um bebê com você: quando você está diante de mim, existe e me importo; se sai do meu campo de visão, fim. Igual você faz comigo.

Vamos falar de como você está no caminho que eu segui já há tanto tempo, e que não valeu nada. Vamos falar de como você ainda não sabe o que significa estar só. Vamos falar de como o mundo gira e gira, e vamos falar, quando você decida falar comigo por vontade própria.

Mas estamos vivos ainda. E quem sabe um dia eu escrevo uma canção pra você.

220. Espelho

De todas as coisas que você poderia ter feito, essa é uma das que eu jamais imaginaria. De todas as palavras que você poderia ter dito, essas eram a que eu menos esperava. Você tem 22 anos, não 15. Você não viveu perigosamente porque não quis. E já tem idade suficiente pra entender que isso não vai te puxar pra cima, nem pros lados, apesar de todos os ciclos fechados.

Minha única esperança: você veio falar comigo, e sabia exatamente como eu reagiria. Sempre fomos assim, espelhos uma da outra, indo ao infinito. Sempre soubemos como ler uma à outra, sempre nos entendemos.

E porque sabia o que eu diria, queria ver se poderia se justificar. E vai continuar me contando, espero eu. Minha consciência é importante pra você, talvez porque seja a sua consciência através do espelho.

Ser o reflexo é tudo o que posso fazer, minha amiga. Espero que seja suficiente.

sábado, 3 de dezembro de 2011

219. Deveriam

Eu até estava feliz. Cruzei com uma pessoa aleatória no campus e ele sorriu pra mim. Sabe aquele sorriso de quem aprecia alguma coisa? Pois é, sorriu pra mim assim. Pela primeira vez, me senti sinceramente bonita.

Eu até estava feliz até me dar conta outra vez de que não sou. E que é, realmente não tenho carisma nenhum, e que é, eu sou boa pessoa e as pessoas deveriam se aproximar mais de mim e descobrir que sou legal, mas né?, quem se paroxima de quem não tem presença nenhuma.

Não vou dizer que pra alcançar a felicidade é necessário ter um bom marido. Não vou dizer porque não é verdade. Mas assumir que as chances de que uma boa pessoa se aproxime de você e te queira pela insossa que você é são quase nulas tem de ser o caminho pra paz interior. Não se pode ter tudo. Não importa o quanto você queira, você nunca vai ser a princesa. Há que admitir isso, viver com isso. E que mesmo que um homem cruze seu caminho outra vez, não se deve ficar com ele só porque ele te dá bola. Há que ser forte, porque ele pode te fazer mal. Mas pra isso é necessário ter em conta que você vale mais do que sua aparência.

Eu valho, sim. Mas ainda me falta isso, esse detalhe muito importante que corresponde à metade do sucesso em qualque interação social. Que vai fazer com que eu seja sozinha, sabe? Mas pelo menos estou tentando deixar de ser patética.